terça-feira, 15 de julho de 2008

As Sereias do Ensino Eletrônico

Postado por Silvana Bioto

Conclusão do texto de Paulo Blikstein e Marcelo Knörich Zuffo

A tecnologia pode ajudar a escola levar os seus alunos a um novo paradigma desde que a tecnologia esteja a serviço das metas educacionais e não a serviço da criação de novas necessidades artificiais . A aprendizagem deve ocorrer com e não a partir dos computadores.
Sabemos que este é um desafio, que oferece muitos problemas, mas também novas oportunidades para as situações de aprendizagem ocorrerem.
Precisamos ir além da utilização do computador e da Internet como ferramenta de digitação, correio eletrônico e pesquisa bibliográfica.Entretanto, a utilização destas ferramentas requer preparo do professor, ele precisa dominar a utilização dos diversos softwares disponíveis, criar situações que favoreçam a aprendizagem e a construção do conhecimento por meio destes recursos. Isto requer uma formação teórica, bom senso e criatividade do professor.
A educação também pode ser agente ativo no sentido de adaptar tecnologias ao processo educativo e fazer com que elas estejam a serviço do bem-estar do ser humano e não sejam usadas como instrumento de dominação.
Tornando assim, a sala de aula menos linear e mais interativa. Que será mais atraente e poderá prender a atenção dos inquietos alunos destes novos tempos.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

As serias do Ensino Eletrônico

postado por Andreia Bolsoni Brugalli

Lendo o texto "As sereias do ensino eletrônico" de Paulo Blikstein e Marcelo Knorich Zuffo, cheguei as sguintes conclusões:

AS SEREIAS DO ENSINO ELETRÔNICO

O artigo “As sereias do ensino eletrônico”, de Paulo Blikstein e Marcelo K. Zuffo, reflete os mitos e rumos da educação frente às novas tecnologias. O texto é baseado em dissertação de Mestrado apresentada à Escola Politécnica da USP em 2001.
O artigo está dividido em oito capítulos. No primeiro capítulo, Paulo Blikstein e Marcelo K. Zuffo, destacam que muitas profissões foram seduzidas, nos últimos anos, pelas encantantes melodias das novas tecnologias da comunicação e da informação. No entanto, os autores completam que sempre há um exagero quando novas tecnologias chegam e todos temos a impressão que elas vão varrer o antigo mundo do mapa.
Paulo Blikstein e Marcelo K. Zuffo afirmam que nunca se ouviu falar tanto em novas tecnologias para a educação e essa prenunciada revolução tecnológica tem unido setores da sociedade que nem sempre caminham juntos: educadores, universidades públicas e privadas, empresas e governo. Novamente, vemos um discurso semelhante: tudo o que está aí será transformado, nada sobrará do mundo antigo, quem não se adaptar morrerá.
O primeiro capítulo se encerra com a seguinte questão: será que estamos diante de uma verdadeira revolução ou mais uma unanimidade à moda Nelson Rodriges, que dizia “toda unanimidade é burra”.
O título do segundo capítulo questiona: onde está a nova educação? Os autores afirmam que é quase unânime a idéia de que em vez da transmissão unidirecional de informação, valoriza–se cada vez mais a interação e a troca de informação entre professor e aluno. No lugar da reprodução passiva de informações já existentes, deseja–se cada vez mais o estímulo à criatividade dos estudantes. Contudo, as respostas concretas a esses desafios ainda são raras e difusas. Na visão de Paulo Blikstein e Marcelo K. Zuffo não basta introduzir tecnologias – é fundamental pensar em como elas são disponibilizadas, como seu uso pode efetivamente desafiar as estruturas existentes em vez de reforçá-las.
O principal argumento desse texto, segundo os autores é que o computador, as tecnologias digitais e a Internet são revolucionários porque oferecem, para aquele que quer aprender, infinito espaço para experimentações em diferentes níveis de realidade, maximizando o que ele pode aprender. Assim, a partir do momento que qualquer sistema, metodologia ou tecnologia de educação nos imagina apenas como consumidores de algo já mastigado, deglutido e digerido, boa parte de seu poder revolucionário se perdeu. Daí tudo entra nos eixos dos antigos
paradigmas.
Os autores enfatizam que esse texto não é contra as máquinas ou as tecnologias. Ele é a favor da educação como um instrumento de libertação, de engrandecimento da condição humana, de descoberta de nossas potencialidades – e da tecnologia como fio condutor deste processo de mudança. A tecnologia não é desumanizadora, pelo contrário – desumanizador é o que nós, homens, fazemos dela. A educação deveria servir exatamente para que descubramos que sabemos, que podemos, que estamos preparados e que queremos mais.

No capítulo 7, E–educação ou não–educação?, os autores fazem os seguintes questionamentos: “Afinal de contas, educação por meios eletrônicos funciona? E a educação presencial funciona?” E acrescentam que “apesar de vários estudos apontarem para as insuficiências da interação exclusivamente on-line, nada indica que a educação a distância não possa ser mais uma das muitas formas de aprender.” Entretanto, afirmam “o perigoso é considerar a educação a distância como um milagre multiplicativo que vai salvar a pátria”.
O texto relata que “no alvorecer dos cursos on-line, visionários anunciavam o fim das aulas presenciais e a possibilidade de lucros infinitos por meio da entrega personalizada de conteúdos educacionais“. Mas, na realidade, percebe-se que não adianta apenas disponibilizar a informação. Se fosse assim, era só assistir o “travel Channel” e teríamos doutorado em culturas mundiais, como afirma um dos entrevistados do estudo da revista Fast Company, que é citado no artigo.
Ora, nesse contexto, surge um novo termo: blended learning. Seus idealizadores sugerem que “o ideal não era fazer tudo on-line, mas misturar o melhor da educação presencial com o melhor da sua versão on-line, construindo cursos híbridos.”
De outro lado, os autores criticam a inserção da educação on-line num contexto em que há “um esforço sem precedentes para transformar a educação em um produto de consumo em massa” criando–se necessidades e produtos educacionais “sem a correspondente ‘criação’ de condições de consumo”. Assim ela vende muito mais do que cursos: “comercializa uma imagem de sucesso profissional, de vantagem sobre as outras pessoas, de segurança.”

Ao final do artigo, os autores afirmam que o texto pretendeu discutir “os mitos e rumos da educação frente às novas tecnologias”, mostrando que as promessas exageradas já estão sendo desmistificadas e que devemos usar a Internet no que ele oferece de novo e positivo.
Paulo Blikstein e Marcelo K. Zuffo reforçam que não devemos nos deixar seduzir pela virtualização do ensino tradicional. Não adianta apenas introduzir novas tecnologias. É preciso pensar em como elas efetivamente podem desafiar as estruturas existentes. Conclui, então, que a única educação que faz sentido, seja on–line ou presencial, “é aquela que nos faz mudar o mundo”.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

As sereias do Ensino Eletrônico

Postado por Milene Bortolini

Abaixo está minha interpretação do texto "As sereias do ensino eletrônico" de Paulo Blikstein e Marcelo Knorich Zuffo.

AS SEREIAS DO ENSINO ELETRÔNICO


As sereias são seres que seduzem, encantam, aprisionam e depois devoram suas presas.
O professor está sendo seduzido pelas novas tecnologias da comunicação e da informação.
Tem-se a impressão de que tudo o que foi ensinado, ou a forma como foi ensinado até agora será extinto e que quem não se adaptar as novas tecnologias para educação será excluído dessa profissão.
Mas será que o aluno será mesmo o grande beneficiado com essas novas tecnologias?
Em educação, atualmente, fala-se muito em interação e troca de informação entre professor e aluno, em estimular a criatividade desses. E para isso deseja-se que as novas tecnologias aplicadas a educação resolvam todos esses desafios.
Mas de nada adianta introduzi-las na educação se mantivermos regras, limites, proibições em seu uso.
Quanto mais confiamos nos alunos, quanto menos proibições existem no ambiente, quanto mais convivial é a atmosfera, mais eles demonstram responsabilidade, maturidade, motivação e interesse em aprender(BLIKSTEIN:2002).


4 – MAIS DO MESMO

A educação tradicional está se mostrando insuficiente para o tipo de mão-de-obra que o sistema produtivo está exigindo atualmente.
As empresas não querem mais trabalhadores autônomos e repetitivos, mas sim, ambiciosos e multifuncionais.
Fala-se muito em educação permanente, atualização. Essa demanda por profissionais diferentes tem reflexos sobre quem os forma: a universidade. E assim surge a oferta de freqüentar cursos sem sair de casa com preços reduzidos sem tanto esforço.
A demanda por um novo tipo de profissional, multifuncional, polivalente e inovador recai sobre a universidade. Sua estrutura atual, entretanto, não pode (e nem deve) acompanhar a velocidade de mudança do mercado nem o custo resultante do atendimento a todas as demandas que lhe são feitas. Pelo contrário, ao mesmo tempo em que novas exigências aparecem, as políticas de financiamento público ficam cada vez mais restritivas (BLIKSTEIN, 2001, pg 10).
É preciso tomar muito cuidado para que o uso das novas tecnologias aplicadas a educação não tenha apenas a finalidade de satisfazer o sistema produtivo que necessita de um novo tipo de trabalhador.


CONCLUSÃO

É preciso permitir que as novas tecnologias entrem na educação para mudar o que está ultrapassado. Mas é fundamental utilizarmos a internet como matéria-prima de construção do conhecimento e não apenas como mídia.
Deve-se usar o que a internet oferece de novo e positivo entre eles podemos destacar a possibilidade de criação e expressão pessoal e as possibilidades de construção coletiva de projetos reais, entre outros.
Encantemo-nos pelas novas tecnologias aplicadas a educação sem com isso permitir que elas nos aprisionem.